Tudo isso começou há exatos
dois anos, três meses, uma semana, cinco dias, duas horas e 37 minutos. Eu
acordei na véspera do meu casamento, estava muito alegre e nada podia estragar.
A não ser:
“trinn” “trinn”
— Alô – Eu falei ao atender o
telefone
— Alô! Larissa? – Disse o meu
noivo desesperado
— Sim sou eu, quem fala?
— Sou eu o Niccollas... Escuta
e não me pergunta nada... Eu estou sendo perseguido, e te peço desculpas por
tudo, e principalmente por não poder estar amanhã no nosso casamento.
— Para de brincadeira amor. –
Eu falei nervosa
— Eu não estou brincando.
Adeus... Seu telefone com certeza está grampeado. – Disse Niccollas triste.
Quando eu fui dizer “Adeus”
Niccollas já tinha desligado.
O meu dia já não estava a mil
maravilhas. Não queria acreditar naquilo. O meu dia não foi nem um pouco bom.
Até aquela data ele foi o pior dia de todos, mal sabia eu que podia ficar ainda
pior.
...
No dia seguinte logo depois que
eu acordei tentei ligar pra todo mundo que era conhecido da família e perguntar
sobre Niccollas. Depois que cada um que eu liguei falar que não sabia de
Niccolas, eu falava que não haveria mais casamento.
O tempo passava, o dia não
queria de jeito nenhum acabar pra acabar com aquele sofrimento momentâneo,
afinal era pra eu estar casada naquele momento. Quando do nada toca o telefone.
“Tri...”
— Niccollas?
— Não... Desculpe-me, mas eu
não queria te dizer isso, mas... – Eu o intenrroupi ele antes que me dissesse a
pior coisa do mundo.
— Fala!
— Niccollas foi assassinado.
Aquilo soou como uma faca sendo
fincada no meu coração. Isso é muito injusto, o amor da minha vida foi
assassinado dois anos e três meses antes do fim da ditadura. Eu nunca descobri
o que tinha acontecido com ele literalmente, só que ele havia sido assassinado.
Só tenho certeza de uma coisa. “Adeus mundo injusto”
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